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Monografia "Por uma educação digital sustentável: Tecnologia Educativa e ODS".

Editores convidados:

Juan Carlos Casañ-Núñez
Universidade de Valência (Espanha)
https://orcid.org/0000-0001-6918-9604  

Teresa Fernández-Ulloa
Universidade Estatal da Califórnia, Bakersfield (Estados Unidos)
https://orcid.org/0000-0001-5146-4516  

António Chenoll Mora
Universidade Aberta (Portugal)
https://orcid.org/0000-0001-8802-5293  


Apresentação 

Em 25 de setembro de 2015, quase 200 chefes de Estado e de Governo adoptaram a Agenda 2030. Esta Agenda contém 17 objectivos universalmente aplicáveis para alcançar um mundo mais sustentável até 2030. Os 17 ODS estão inter-relacionados, por exemplo, uma educação de qualidade (ODS 4) ajuda a alcançar a igualdade de género (ODS 5), a reduzir as desigualdades (ODS 10) ou a ter uma vida mais saudável (ODS 3), entre outros.
No século XX, Ortega y Gasset (1930/2007) atribuiu várias funções básicas à instituição universitária: a formação de profissionais, a investigação científica e a transmissão da cultura. Hoje, no contexto do século XXI, é necessário acrescentar a perspetiva da sustentabilidade. De acordo com o Observatório de Cooperação Universitária para o Desenvolvimento (2018), "a Universidade deve incorporar no ensino universitário, para além dos conhecimentos técnicos, competências e aptidões genéricas ligadas à transmissão de valores que contribuam para formar cidadãos responsáveis e comprometidos com o Desenvolvimento Sustentável" (p. 3). No âmbito da construção do Espaço Europeu do Ensino Superior, sublinha-se que "o ensino superior será um ator-chave no cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas até 2030" (EHEA Roma, 2020, p.4). No caso da Espanha, por exemplo, a perspetiva dos ODS está a ser gradualmente incorporada em todos os níveis de ensino. Assim, de acordo com a Lei Orgânica 3/2020, de 29 de dezembro, que altera a Lei Orgânica 2/2006, de 3 de maio, sobre Educação, "a educação para o desenvolvimento sustentável e a cidadania global deve ser incluída nos planos e programas educativos de toda a educação obrigatória" (p. 122871). 
Por outro lado, a tecnologia surgiu como um facilitador fundamental da educação de qualidade e da aprendizagem ao longo da vida (Tjoa e Tjoa, 2016). Seguem-se alguns exemplos. Em primeiro lugar, os cursos em linha abertos e massivos e as suas variantes (MOOC, LMOOC, cMOOC, xMOOC, etc.) disponíveis gratuitamente em plataformas como Coursera ou edX permitem adquirir conteúdos em qualquer área do conhecimento de forma estruturada. Em segundo lugar, o software e o hardware gratuitos (Moodle, H5P, Linux, LibreOffice, Raspberry Pi, Arduino, etc.) podem contribuir para reduzir as desigualdades na educação. Por último, as publicações de acesso livre são cada vez mais comuns e democratizam o acesso ao conhecimento. 
Por todas estas razões, o objetivo da presente monografia é recolher estudos qualitativos, quantitativos ou mistos que investiguem o papel da tecnologia na consecução de uma educação digital sustentável. A utilização de tecnologias de acesso livre será particularmente valorizada.

Subtemas ou linhas de investigação.

    - Estudar o papel da Tecnologia Educativa na resolução de problemas ambientais, de justiça social e de equidade económica.
    - Investigar a relação entre o conceito de EDS (Educação para a Sustentabilidade) e a Tecnologia Educativa.
    - Integrar a perspetiva dos ODS em todos os níveis de ensino com o apoio da tecnologia.
    - Utilizar a tecnologia para melhorar a educação dos estudantes e a formação de professores.

Questões de investigação

    1) Como pode a tecnologia educativa contribuir para a resolução de questões ambientais, de justiça social e de equidade económica?
    2 - Como é que o conceito de EDS (Educação para a Sustentabilidade) se relaciona com o conceito de Tecnologia Educativa?
    3) Como é que a tecnologia deve ser utilizada para incorporar uma perspetiva dos ODS em todos os níveis de ensino?
    4) Quais são as utilizações mais eficazes da tecnologia para melhorar a educação dos alunos e a formação dos professores?
    5. quais são as oportunidades e os desafios dos avanços tecnológicos na educação?

Agradecimentos

Esta monografia faz parte do projeto de I&D&I H5P conteúdos interactivos e ODS no ensino de línguas estrangeiras, ciências sociais e na formação de futuros professores (CIGE/2021/131, https://ci5ods.blogs.uv.es/) financiado pelo Ministério Regional da Educação, Universidades e Emprego da Generalitat Valenciana.

Breve CV dos editores.

Juan Carlos Casañ-Núñez 

Doutor com menção internacional em Línguas e Tecnologias pela Universitat Politècnica de València, mestre em Ensino de Espanhol como Língua Estrangeira pela Universidad Internacional Menéndez Pelayo e pelo Instituto Cervantes, licenciado em Filologia Hispânica pela Universitat de València e licenciado em Filologia Inglesa pela Universitat Jaume I. É professor titular da Faculdade de Educação da Universidade de Valência desde novembro de 2022. Anteriormente, foi professor assistente na mesma universidade, professor na Universidade de Coimbra (Portugal), bolseiro no CIDEAD (Centro para la Innovacion y Desarrollo de la Educación a Distancia) do Ministério da Educação em Madrid, assistente de língua e cultura espanholas na Universidade do Novo México (EUA) e professor na Universidade de Wrocław (Polónia). Participou em sete projectos de inovação educativa (quatro como PI). É o investigador principal do projeto de I&D&I H5P conteúdos interativos e ODS no ensino de línguas estrangeiras, ciências sociais e formação de futuros professores (CIGE/2021/131). É membro do Grupo de Investigação em Ensino e Aquisição de Competências Solidárias e Interculturais através das Línguas e da Literatura (TALIS) da Universidade de Valência, membro da Associação Interuniversitária de Investigação Educacional (AIDIPE) e da Associação Europeia para a Aprendizagem de Línguas Assistida por Computador (EUROCALL). É editor assistente da revista The Eurocall Review.

Teresa Fernández-Ulloa

Professora de língua e linguística espanholas na California State University, Bakersfield (EUA). É doutorada em Língua e Linguística Espanhola e licenciada em Filologia Hispânica pela Universidade de Deusto. Leccionou cursos na Universidade de Deusto (Bilbao), na Universidade de Cantabria (Santander), na UNED (Bizkaia e Cantabria) e na East Carolina University (Carolina do Norte, EUA), entre outras. As suas áreas de especialização e investigação são a sociolinguística, a análise do discurso e a didática do espanhol como primeira e segunda língua. É membro do projeto de I+D+i H5P Conteúdos Interactivos e ODS no ensino de línguas estrangeiras, ciências sociais e na formação de futuros professores (CIGE/2021/131) e do Grupo de Investigação sobre Ensino e Aquisição de Competências Solidárias e Interculturais através das Línguas e da Literatura (TALIS) da Universidade de Valência. Organizou vários simpósios, seminários e colóquios sobre discurso, didática e género, em universidades espanholas e estrangeiras. É membro de vários comités editoriais de revistas: Verbeia, Journal of Literary Education, El Guiniguada e membro do comité científico de publicações do Instituto de Ciencias de Gobierno y Desarrollo Estratégico, Benemérita Universidad Autónoma de Puebla (México). As suas publicações recentes incluem o livro Experiencias prácticas en didática del español como primera y segunda lengua. Competencia global, Objetivos de Desarrollo Sostenible y World-Readiness Standards (com M. Soler Gallo, em Peter Lang, 2023).

António Chenoll Mora

Professor Auxiliar da Universidade Aberta e membro do CECC (Centro de Estudos de Comunicação e Cultura) da Universidade Católica Portuguesa. É doutorado em Didática das Línguas pela Universidade do Porto, mestre em Metodologia e Didática do Espanhol como Língua Estrangeira pela Universidade Antonio de Nebrija e licenciado em Filologia Hispânica pela Universitat de València. Participa regularmente em eventos internacionais como conferencista convidado, comunicador e formador de professores de ensino-aprendizagem de língua e cultura estrangeiras, tanto presenciais como online, geralmente relacionados com a didática das línguas, a tecnologia e a cultura. As suas actuais linhas de investigação e publicações estão relacionadas com o ensino da língua e da cultura espanholas, tanto numa perspetiva linguística e cultural como na aplicação da didática às versões digitais e multimédia. Colabora com grupos de investigação relacionados com a Gamificação (GOPA), a aquisição de línguas (EL@N) ou a aplicação de H5P em aulas online ou presenciais (TxSon_PT). É colaborador no projeto de I&D&I H5P conteúdos interactivos e ODS no ensino de línguas estrangeiras, ciências sociais e na formação de futuros professores (CIGE/2021/131). Trabalhou como professora, investigadora e gestora em várias instituições universitárias espanholas e portuguesas, tanto em ambientes presenciais como virtuais.

Chamada para contribuições.

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Normas de publicação: no que respeita à estrutura formal dos artigos, devem ser respeitadas as normas da RELATEC, que podem ser consultadas em https://relatec.unex.es/about/submissions. 

Prazo de receção das contribuições: As contribuições serão aceites até 30/04/2024.

Seleção das contribuições: Todas as contribuições serão submetidas a revisão de acordo com os critérios estabelecidos para publicação na revista (conselho editorial e avaliação cega). Os autores serão notificados da aceitação ou rejeição da sua contribuição.

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