Entre o digital e o impresso: perspectivas nos manuais e mídias para o ensino de música no Brasil.
DOI:
https://doi.org/10.17398/1695-288X.18.2.57Palavras-chave:
Livros didáticos, Educação Musical, Ensino Fundamental, PNLD, Livros didáticos digitaisResumo
A temática dos livros didáticos para o ensino da Música é recente e conta com um conjunto de pesquisas relativamente escasso. No que se trata do estudo de materiais digitais para o ensino da música, essas referências são ainda mais raras. Este texto se orienta na discussão das propostas digitais disponíveis para a Educação Musical, particularmente na Educação Básica, tomando por base os «Livros Digitais do Professor», na área de Arte/Música, oferecidos pelo Programa Nacional do Livro Didático – PNLD na sua edição que entrará em vigor no ano de 2020. O referencial teórico para a análise está relacionado à manualística e estudos que a localizam dentro dos contextos da cultura escolar. A metodologia privilegiada foi a análise documental, tomando 28 livros digitais PNLD Arte – 2020 como objetos de estudo. Os resultados permitem afirmar que o livro digital é uma realidade que ocupa espaços em programas estatais brasileiros de livros didáticos; que o formato desses livros ainda está em construção, o que se traduz em obras que têm estruturas e formatos que são bastante diferentes entre si, diferenciando-os dos seus paralelos impressos que são mais uniformizados; que há uma inércia quanto ao modelo didático abordado nos livros, denotando uma tendência em replicar os modelos presentes nos livros impressos. Finalmente, o estudo possibilita salientar o esforço em oferecer a estudantes brasileiros livros digitais de Arte/Música de boa qualidade e em diálogo com a contemporaneidade.
Downloads
Referências
Bourdieu, P. (1982). A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva.
Brasil (2016) Lei número 13.278, 2 de maio de 2016. Recuperado a partir de http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2016/Lei/L13278.htm
Brasil (2017), Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Verão aprovada pelo CNE. Brasília: MEC. Recuperado a partir de http://basenacionalcomum.mec.grov.br.
Brasil (2018), Edital PNLD 2020. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica. Recuperado a partir de https://www.fnde.gov.br/index.php/programas/programas-do-livro/consultas/editais-programas-livro/item/11555-edital-pnld-2020
Brasil (2019a). Guia digital PNLD 2020. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica. Recuperado a partir de https://pnld.nees.com.br/assets-pnld/guias/Guia_pnld_2020_pnld2020-arte.pdf
Brasil (2019b). Programa do livro – dados estatísticos. Brasília: MEC. Recuperado a partir de https://www.fnde.gov.br/index.php/programas/programas-do-livro/pnld/dados-estatisticos
Chartier. R. (1999). A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo: Editora UNESP.
Cuesta, R. (2006). Los textos visibles del saber y el poder en la escuela. Una mirada crítica. En A.
Escolano (ed.): Currículo editado y sociedad del conocimiento. Texto, multimedialidad y cultura de la escuela. Valencia: Tirant lo Blanch.
Eco. H. (1998). Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva.
Escolano-Benito, A. (2006). El libro escolar y la cultura de la educación. La manualística, un campo en construcción. Valencia: Tirant lo Blanch.
Escolano-Benito, A. (2012). El manual como texto. Pro-Posições, v. 23, n. 3, 33-50
Failla. Z. (2016). (Org.) Retratos da leitura no Brasil 4. Rio de Janeiro: Sextante.
Forquin, J. (1993) Escola e Cultura. Porto Alegre: Artes Médicas.
Garcia, T. (2013) Os livros didáticos na sala de aula. In T. Garcia; M. Schmidt; R. Valls. Didática, história e manuais escolares: contextos ibero-americanos. Ijuí: Ed. Unijuí.
Gil, A. (1991) Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas.
Gohn, D. (2013). Internet em desenvolvimento: vivências digitais e interações síncronas no ensino a distância de instrumentos musicais. Revista da Abem. Londrina, v.21, n.30 25-34
Harari, Y. (2018) Sapiens: uma breve história da humanidade. Porto Alegre: S&PM.
Leibovich, L. (2018). Do Toque ao Clique: A História da Música Automática: catálogo de exposição. São Paulo: SESC
Manguel, A. (1997) Uma história da leitura. São Paulo: Companhia das Letras.
Mithen, S. (2006) The singing neanderthals: The origino f music, language, mind and body. London: Phoenix.
Martínez-Valcárcel, N. (Ed.) (2018). Los materiales y los trabajos de los alumnos en el aula de Historia de España en bachillerato: Seis escenarios para su interpretación. Murcia: CEME.
Mota, G. (2000) O ensino da música em Portugal. In L. Hentschke (Ed.) A educação musical nos países de línguas neolatinas. Porto Alegre: Ed. UFRGS.
Rodríguez, J. Garcia, T. (2019). IARTEM and its international growth and develepment in recente years (2010-2018). In J. Rodriguez; T. Garcia and E. Bruillard (Ed.) IARTEM 2016-2016, 25 years developing textbook and educational media research. Santiago de Compostela: IARTEM.
Roch-Fijalkow, C. (2007). Présentation d’um modéle-type d’analyse de contenu de manuels, ouvrages ou tous support pédagogiques, pour la recherche et la pratique en éducation musicale. Recherche en education musicale. Québec, n. 26, 253-265.
Romanelli, G. (2014). Antes de falar as crianças cantam! Considerações sobre o ensino de música na educação infantil. Revista Teoria e Prática da Educação, v. 17, n.3, 61-71.
Romanelli. G. (2019). Research on music textbooks in Brazil. In J. Rodriguez; T. Garcia and E. Bruillard (Ed.) IARTEM 2016-2016, 25 years developing textbook and educational media research. Santiago de Compostela: IARTEM.
Pedrosa. F. (2017). O processo de ensino/aprendizagem da viola caiçara na ilha de Valadares: possibilidades e limites de sua didatização. Dissertação de mestrado. Curitiba: UFPR – PPGM.
Schmidt, M; Bufrem, L.; Garcia, T. (2013) Os manuais destinados a professores como fontes para a história das formas de ensinar. In T. Garcia; M. Schmidt; R. Valls. Didática, história e manuais escolares: contextos ibero-americanos. Ijuí: Ed. Unijuí.
Shahi, S. (2015). Research Tool Design: Constructing Research Tools as Catalyst. Journal of NELTA Surkhet, 4, 91-97.
Souza, J. (1997) (Ed.). Livros de música para a escola: uma bibliografia comentada. Porto Alegre: UFRGS.
Vieira. E. (2018). Jovens, escolarização e livros didáticos: estudo Etnográfico em uma escola de assentamento (SC). Tese de doutorado. Curitiba: UFPR – PPGE.
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Licença
Los autores/as que publiquen en esta revista aceptan las siguientes condiciones:
1. Los autores/as conservan los derechos de autor y ceden a la revista el derecho de la primera publicación, con el trabajo registrado con la licencia Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-SinObraDerivada 4.0 International (CC BY-NC-ND), que permite a terceros utilizar lo publicado siempre que mencionen la autoría del trabajo y a la primera publicación en esta revista.
2. Los autores/as pueden realizar otros acuerdos contractuales independientes y adicionales para la distribución no exclusiva de la versión del artículo publicado en esta revista (p. ej., incluirlo en un repositorio institucional o publicarlo en un libro) siempre que indiquen claramente que el trabajo se publicó por primera vez en esta revista.
3. Se permite y recomienda a los autores/as a publicar su trabajo en Internet (por ejemplo en páginas institucionales o personales) antes y durante el proceso de revisión y publicación, ya que puede conducir a intercambios productivos y a una mayor y más rápida difusión del trabajo publicado (vea The Effect of Open Access).